A mais bela e perversa heroína dark de Tezuka emerge como uma borboleta pronta para triunfar em um mundo de superficialidades.
Quando o assunto é mangá, impossível não se lembrar de Osamu Tezuka, artista conhecido como “Deus do Mangá”. Seu estilo e forma inovadora de se expressar através do desenho e criar histórias transformaram o mangá em arte e influenciaram inúmeros quadrinistas mundo afora. Em suas obras, personagens de traços marcantes ganham vida em enredos que exploram a complexidade da natureza humana.
Em O Livro dos Insetos Humanos, Tezuka faz uma sátira ao comparar a sociedade humana à dos insetos, e apresenta no centro da trama a ambiciosa Toshiko Tomura, uma bela jovem que se reinventa a todo momento para assumir o protagonismo nas mais diversas áreas, revelando-se uma grande estrela no teatro, designer de reconhecimento internacional e escritora vencedora do respeitado prêmio de literatura. Seus múltiplos talentos conferem a ela o título de gênia e ela faz a transição de um meio a outro com naturalidade e sempre de maneira espetacular, como se fosse uma borboleta em constante metamorfose.
Toshiko dá a impressão de ser guiada pelo instinto para prosperar, atingir e subjugar todos que se aproximam dela. Desconfiado, um jornalista descobre que o imenso sucesso de Toshiko não advém do seu dom ou de suas virtudes, e sim de uma incomum habilidade para usar as pessoas ao seu redor para alcançar posições de destaque. Mas nem a vida de luxo, fama e prestígio parecem satisfazer seus desejos — ou deter sua perversidade. O que ela realmente busca?
O Livro dos Insetos Humanos é um mangá voltado para público adulto, que desafiou os clichês na época em que foi serializado na revista Play Comic, entre maio de 1970 e fevereiro de 1971, abordando temas como desigualdade entre gêneros, sexualidade, materialismo e a busca por sucesso a qualquer custo. O mangá também recebeu uma adaptação para um drama do canal de televisão japonês WOWOW em 2011, tendo a atriz Minami no papel de Toshiko Tomura.
Segundo McCarthy, “A paixão por insetos, que Tezuka nutriu ao longo de sua vida, e o seu dom para absorver e usar qualquer nova técnica criativa que despertasse sua imaginação, manifestam-se em seu olhar crítico, na visão sombria de uma mulher livre das amarras da feminilidade e capaz de se reinventar como aquela que conforta ou que devora, sendo uma agente totalmente livre.” Gravett acrescenta que o autor “arriscou acabar com os padrões sexualizados e sexistas dos mangás seinen (voltado ao público masculino adulto) para entregar uma dura crítica satírica, que questiona quão longe precisa ir uma mulher japonesa para poder se libertar das pressões e expectativas chauvinistas de que deveriam seguir o estereótipo de gueixa de serem calmas, obedientes e subservientes.”.
Tezuka sempre foi fascinado por insetos e gostava de colecioná-los e observá-los. Em sua adolescência, criou mangás e enciclopédias ilustradas sobre o tema. Osamu Tezuka é seu nome verdadeiro, mas quando estava no quinto ano do ensino fundamental adotou o nome artístico de Tezuka Osamushi (na escrita japonesa o sobrenome precede o nome), em alusão ao besouro de nome osamushi, acrescentando ao final do seu nome o ideograma “mushi”, que significa inseto, e pode ser lido também como “mu”, o que acabou se consolidando. Os nomes de muitos personagens de O Livro dos Insetos Humanos também são trocadilhos com nomes de insetos e convites à uma leitura que mergulha não apenas no enredo do livro, mas nas profundezas de um grande artista.
LIVRO CAPA DURA
380 PÁGINAS
600G
SEM PINTURA
IDIOMA: PORTUGUÊS
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